segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Violência escolar




O vídeo acima[i] retrata a situação violenta que muitos gestores e professores tem enfrentado nas instituições de ensino do Brasil, sejam elas públicas ou privadas.
Heidrich[ii] fala um pouco sobre a violência nas escolas:

“Os muros pichados e os vidros quebrados são apenas o cenário de um drama presente em muitas escolas. Enquanto do lado de fora o tráfico de drogas e as gangues envolvidas com roubos e homicídios pressionam para entrar - e não raro encontram brechas -, do lado de dentro alunos e professores são agentes e vítimas de agressão física e verbal e de uma lista enorme de atos violentos. Alguns acreditam que a solução seja o isolamento do mundo exterior com grades reforçadas e portões cada vez mais altos, cadeados e câmeras de vídeo. Essas barreiras, embora deem a sensação de segurança, não resolvem o problema. Ao contrário, deixam a instituição ainda mais acuada, com professores amedrontados e gestores intimidados.”

Segundo pesquisas feitas por Heidrich, existem três tipos de violência na escola: a violência dura, a violência simbólica e a microviolência.
A violência dura é aquela que resulta em atos criminosos. A escola, em muitos casos, acaba sendo a extensão da violência que há em seu entorno. A criminalidade invade os portões e com repressão dificilmente há eficácia no tratamento deste problema. As escolas têm superado a violência dura quando a equipe gestora compartilha o fazer pedagógico, dando lugar à comunidade. Por meio desta parceria, da problematização do papel da escola, da garantia do espaço escolar para uso produtivo da comunidade, a violência externa acaba por perder suas forças no ambiente interno.
A violência simbólica é aquela representada por meio da depredação do espaço escolar, assim como pela postura repressora incutida no fazer pedagógico da instituição. Nesses casos é necessário que a equipe pedagógica repense suas práticas, superando a postura autoritária e dando lugar ao aluno para que seja agente ativo no processo de aprendizagem.  O desenvolvimento de projetos que trabalhem a necessidade dos cuidados com o espaço escolar e do reconhecimento de propriedade deste espaço por meio do aluno também é fundamental para vencer esse tipo de violência.
Por último, a microviolência é aquela que acontece entre os alunos e entre estes e os professores, ou qualquer outro profissional da escola. Uma das causas deste tipo de violência é o fracasso no ensino e na aprendizagem. A tensão por parte dos professores e alunos por não conseguirem superar as dificuldades encontradas no dia a dia acaba por resultar, muitas vezes, em violência. Esta violência pode ser sanada através de estudos dirigidos, pesquisas e ações efetivas visando o alcance real dos alunos.
Concluindo, a tratamento das múltiplas violências que ocorrem na escola se dá por meio de pesquisas, diálogos e ações eficientes. Neste caso a abertura de portas, ao invés do trancamento, o estabelecimento de parceria com a comunidade e o diálogo aberto com o corpo discente é o melhor caminho para o término de situações como aquela retratada no vídeo acima. Vale ressaltar que, de forma alguma, é uma tarefa fácil e que apresenta resultados imediatos. No entanto, cabe à equipe gestora identificar os problemas e buscar soluções adequadas.



[i] Jornalismo SBT. Brasil é o país com maior índice de violência nas escolas. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=yCEYz3orMcg>. Acesso em 8 de out de 2016.

[ii] HEIDRICH, Gustavo. Aqui a violência não entra. Disponível em <http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/aqui-violencia-nao-entra-470139.shtml>. Acesso em 8 de out de 2016.

Sou a aluna Ingryd M. da Silva (mat 12212080226)

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