Violência escolar
O vídeo acima[i] retrata a situação
violenta que muitos gestores e professores tem enfrentado nas instituições de
ensino do Brasil, sejam elas públicas ou privadas.
Heidrich[ii] fala um pouco sobre a violência
nas escolas:
“Os muros pichados e os vidros quebrados
são apenas o cenário de um drama presente em muitas escolas. Enquanto do lado
de fora o tráfico de drogas e as gangues envolvidas com roubos e homicídios
pressionam para entrar - e não raro encontram brechas -, do lado de dentro
alunos e professores são agentes e vítimas de agressão física e verbal e de uma
lista enorme de atos violentos. Alguns acreditam que a solução seja o
isolamento do mundo exterior com grades reforçadas e portões cada vez mais
altos, cadeados e câmeras de vídeo. Essas barreiras, embora deem a sensação de
segurança, não resolvem o problema. Ao contrário, deixam a instituição ainda
mais acuada, com professores amedrontados e gestores intimidados.”
Segundo pesquisas feitas por Heidrich, existem
três tipos de violência na escola: a violência dura, a violência simbólica e a
microviolência.
A violência dura é aquela que resulta em atos
criminosos. A escola, em muitos casos, acaba sendo a extensão da violência que
há em seu entorno. A criminalidade invade os portões e com repressão
dificilmente há eficácia no tratamento deste problema. As escolas têm superado
a violência dura quando a equipe gestora compartilha o fazer pedagógico, dando
lugar à comunidade. Por meio desta parceria, da problematização do papel da
escola, da garantia do espaço escolar para uso produtivo da comunidade, a violência
externa acaba por perder suas forças no ambiente interno.
A violência simbólica é aquela representada
por meio da depredação do espaço escolar, assim como pela postura repressora
incutida no fazer pedagógico da instituição. Nesses casos é necessário que a
equipe pedagógica repense suas práticas, superando a postura autoritária e
dando lugar ao aluno para que seja agente ativo no processo de aprendizagem. O desenvolvimento de projetos que trabalhem a
necessidade dos cuidados com o espaço escolar e do reconhecimento de
propriedade deste espaço por meio do aluno também é fundamental para vencer
esse tipo de violência.
Por último, a microviolência é aquela que
acontece entre os alunos e entre estes e os professores, ou qualquer outro profissional da escola. Uma das causas deste tipo de violência é o fracasso no
ensino e na aprendizagem. A tensão por parte dos professores e alunos por não
conseguirem superar as dificuldades encontradas no dia a dia acaba por
resultar, muitas vezes, em violência. Esta violência pode ser sanada através de
estudos dirigidos, pesquisas e ações efetivas visando o alcance real dos
alunos.
Concluindo, a tratamento das múltiplas violências
que ocorrem na escola se dá por meio de pesquisas, diálogos e ações eficientes.
Neste caso a abertura de portas, ao invés do trancamento, o estabelecimento de
parceria com a comunidade e o diálogo aberto com o corpo discente é o melhor
caminho para o término de situações como aquela retratada no vídeo acima. Vale
ressaltar que, de forma alguma, é uma tarefa fácil e que apresenta resultados
imediatos. No entanto, cabe à equipe gestora identificar os problemas e buscar
soluções adequadas.
[i] Jornalismo
SBT. Brasil é o país com maior índice de violência nas escolas. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=yCEYz3orMcg>.
Acesso em 8 de out de 2016.
[ii] HEIDRICH,
Gustavo. Aqui a violência não entra. Disponível em <http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/aqui-violencia-nao-entra-470139.shtml>.
Acesso em 8 de out de 2016.
Sou a aluna Ingryd M. da Silva (mat 12212080226)
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