Um desafio e tanto para o pedagogo
junto a comunidade escolar: Bullying: Eu sofri.
Sei que muito se fala em Bullying hoje em dia e o quanto é traumatizante para as pessoas que sofrem e é muito bom que seja assim.Vou aqui fazer um relato de tudo que passei quando tinha por volta de dez anos. Por diversos problemas de ordem familiar fui morar em uma cidade do interior de Minas Gerais que por sinal era bem aconchegante e bem diferente do Rio de Janeiro. Logo fui matriculada numa escola (gente só lembrando era na década de 80) para continuar meus estudos. A escola era antiga e sua arquitetura logo me encantou porque era bem diferente dos prédios que eu estava acostumada na grande cidade do Rio de Janeiro. Logo na primeira reunião de pais no início do ano a professora avisou que se houvesse indisciplina ela corrigiria com a vara. Todos os pais concordaram falando que ela era a segunda mãe dos alunos na escola. Minha mãe ao ser indagada do que achava e sem está acostumada com esse método tratou de afirmar que se isso acontecesse comigo ela deixaria de ser professora de acordo com a lei recente do país. Tornei-me a melhorar amiga da professora diga de passagem. Mas isso me custou caro. Ao começar as aulas rapidamente senti a indiferença dos alunos. Exatamente como mostra a imagem acima. Porém isso inicialmente não me afetou. O tempo foi passando e me tornei o saco de pancada da escola. Todos os dias uma surra no banheiro da escola; na sala de aula quando a professora se ausentava por algum motivo e na rua quando faziam uma roda ao meu redor. Eu simplesmente apanhava e nada falava e nada fazia. Acho que fui uma criança muito generosa porque quem comandava as sessões morava do lado da minha casa e brincava comigo todos os dias fora da escola. O tempo passou e as agressões saíram do muro da escola e eu passei a ouvir insulto cada vez que passava pela rua da cidade sozinha (Simplesmente porque era de outro estado). Sabiam que eu não gostava de ouvir: "Sou carioca da gema, carioca da gema do ovo". E toda vez cantavam assim pra toda cidade ouvir. Era triste. Humilhante. No inicio eu brigava (Com palavras e gritos); depois percebi que era pior e fingia não escutar. Mas era chato. Lembro que um dia fui empurrada no chão do banheiro por um grupo e o galo cresceu e ficou ali por longo tempo mesmo assim nada falei nem na escola e nem em casa. Como tudo isso acabou? Com o politicamente incorreto nos dias de hoje. No que daria hoje no mínimo um processo. Uma vizinha passou e viu-me apanhando no meio da rua na famosa rodinha. Contou a minha mãe que trabalha em uma rua próximo a escola que também poderia ser usado como caminho por mim embora mais longe. No dia seguinte fui orientada a mudar o caminho e parar em frente ao trabalho dela que já estava escondida atrás de uma árvore. Quando parei as agressões verbais começaram e minha mãe ouvia tudo de coração apertado, mas quieta com somente uma árvore estivesse ali indiferente. me empurraram na grade da casa e a mão subiu para começar a sessão de tortura e espancamento e vupt! Eis que a mão de minha mãe a para no ar. Os outros correram desesperadamente, mas a tempo de ouvir da próxima vez bato em todos vocês. A menina minha vizinha gritou: "_Falo com a minha mãe. minha mãe retrucou:” Bato nela também você duvida?" Parei de apanhar a partir daquele dia mas ainda tive que conviver com a música da cidade por um bom tempo; porém já não me afetava mais tinha a segurança da minha mãe. A atenção da professora que inclusive me abrigava em sua casa quando estava sozinha pela manhã (isso gerou outros problemas mais isso já é outra matéria). O apoio da diretora da escola embora em nível bem menor. E os filhos do médico que minha mãe trabalhava que por aquela época também frequentavam a escola pública.
E aonde se encaixa o pedagogo nesta história toda? Eu respondo: Isso é uma das funções dele no ambiente escolar. Identificar o problema e unir a comunidade ( diretora, professores, funcionários, alunos e pais) com a finalidade de instruir, fazer projeto e mostrar pra todos tudo que causa essa prática. E juntos eliminar essa prática de uma vez por toda do ambiente escolar. Não é uma pessoa como uma mãe que precisa encarar esse problema somos todos porque a marca ultrapassa o muro da escola e entranha na sociedade causando malefícios a todos é só voltar um pouco no tempo e lembrar-se do massacre da escola de Realengo.
Equipe: Carla Cristina de Paula, Leonardo Barbosa e Tais Rodrigues.
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ResponderExcluirRealmente, que sofreu com a violência escolar pode ajudar quem sofre e como pedagogo, tomar providências efetivas, pois sabe o que é passar por isso!
ResponderExcluirMaria Lúcia dos Santos Amaral, Joseli Lopes Ribeiro Leite e Verônica Spneli
São poucos aqueles que não sofreram bullying na escola. Isso não começa de uma hora pra outra, mas lá atrás, na Educação Infantil, quando uma criança chama a outra de burra, cabelo duro, branquela, quatro olhos e outros nomes. Há aqueles que acham que é coisa de criança, normal, mas não é. Esse pensamento leva à criança a achar normal discriminar o outro por ser diferente e quando cresce, só piora. Cabe os pais a ensinar o que é respeito e acompanhar de perto a vida escolar dos filhos, aos professores de observar e informar aos pais quando a criança é alvo ou praticante de bullying e aos orientadores educacionais de orientar professores e alunos.
ResponderExcluirTrio: Ilana, Laura e Rachel
Quanto sofrimento passou, mas mesmo assim conseguiu superar os traumas, tristezas e angústias e hoje tem consciência da necessidade de mudança nessa área da educação, que muitos professores e diretores de escola ainda ignoram. Num futuro próximo poderá colocar em prática o que temos aprendido na graduação, para ajudar uma infinidade de crianças que passam por esse sofrimento todos os dias e se envergonham disso.
ResponderExcluirTrio: Aline Thompson, Érica Ramos e Vivian Leal
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ResponderExcluirO bullying é um dos grandes problemas que os professores precisam ficar atentos, pois ele começa como uma "brincadeirinha" de mal gosto e pode virar um grave problema para a criança que sofre essa pressão dos colegas, porem essa violência escolar não surge de um dia para o outro ela vem da educação infantil e vai se agravando ao longo do tempo fazendo com que a criança que sofre essa violência fique isolada, mais retida o que afeta o seu psicológico e atrasa o seu rendimento escolar.
ResponderExcluirMarcia Leandra
trio:Marcia, Marcio Luiz e Simone Franciny